O perfil de condutores é criticado por quase todos os segurados e muitos corretores de seguro, não obstante, a prática se consolidou no mercado segurador como instrumento de aferição detalhado do risco.
Separados em classes os segurados são literalmente taxados por sua condição de vida, assim, sob o ponto de vista técnico não há muitas elucubrações a serem feitas, mas, sob o ponto de vista principiológico poderíamos até dizer que a prática atual fere de morte o princípio da igualdade, por exemplo.
Todos são iguais perante a lei, não merecendo tratamento distintivo é o que afirma nossa Constituição, mas, em seguro de automóvel homens e mulheres não tem direitos a prêmios iguais, jovens e idosos também não. Há ainda a divisão entre o grupo dos solteiros, dos casados/conviventes e dos separados/viúvos, entre outras novidades.
O que pode parecer uma crítica é na verdade apenas uma constatação, porque, você já havia se perguntado sobre esta diferenciação? Possivelmente não. Primeiro porque se eu ganho desconto no meu seguro o outro é que se dane, não é assim? Segundo porque é tolerável que a mulher seja beneficiada por conduzir seu veículo cautelosamente, não é verdade?
Você acredita que toda mulher é assim? Que todo idoso é assim? Claro que não, mas, contra os números do poder econômico não há defesa. É a estatística aplicada em favor de alguns.
Sendo certo ou errado a existência de perfil não é o mote da prosa, o motivo de escrever aqui é para alertar você, meu amigo leitor, de que enquanto existir o perfil de condutores nas apólices de seguro brasileiras, não vá inventar estórias para economizar alguns vinténs, pois, eles lhe custarão muito caro em um sinistro.
Minha dica é: leia sua proposta e confira atentamente os dados nela inscritos, e na dúvida, peça por escrito os esclarecimentos à seguradora através de seu corretor.